Presidente da República aceita pedido de desculpas
O Presidente da República, João Lourenço, aceitou, ontem, o pedido de desculpas dos jovens afectos ao Movimento Revolucionário da “Primeira Região”, pelos comportamentos que configuraram desrespeito pelos símbolos nacionais, instituições e autoridade do Estado.
© Fotografia por: Edições Novembro
No primeiro, de dois "tweets” (mensagens na rede social Twitter), João Lourenço escreveu: "louvo o gesto do grupo de jovens, que, ontem, [quinta-feira] pediu desculpas públicas pelos seus comportamentos.”
O Presidente da República disse esperar "que este exemplo, seja seguido por outros jovens.” "Aceitamos o pedido de desculpas, estão perdoados”, escreveu João Lourenço.
No segundo "tweet”, o Presidente da República disse que "lutar pelos direitos fundamentais do cidadão não significa desrespeitar os símbolos nacionais, as instituições e a autoridade do Estado ou vandalizar bens públicos que devem servir a comunidade”, concluindo que, "com estes comportamentos, só pioramos a situação do povo”.
Quinta-feira, o activista Mutu Muxima, do Movimento Revolucionário da "Primeira Região”, apresentou publicamente um pedido de desculpas à figura do Presidente da República devido ao que considerou excessos cometidos por alguns dos membros do grupo.
"Reconhecemos que têm havido alguns excessos da parte dos activistas quanto à figura do Presidente da República, devo reconhecer e pedir desculpas ao Presidente da República pela falta de respeito”, afirmou, em conferência de imprensa, durante a qual o movimento de jovens anunciou o adiamento, sem nova data, de uma manifestação de protesto contra o Executivo, que estava para acontecer hoje e amanhã, em Luanda.
O adiamento deveu-se às "cinzas” (missas) da morte do principal promotor da manifestação, António Kissanda "Beyman que ocorrem esta semana.
Mutu Muxima esclareceu que o movimento tem realizado as manifestações para exigir emprego para os jovens. Os jovens pretendiam concentrar-se junto ao cemitério de Sant'Ana, de onde partiriam para as imediações do Palácio Presidencial.
David Salei, também membro do movimento, questionado se o diálogo não seria a melhor forma de o movimento manifestar-se, respondeu que "não temos sido ouvidos e as portas a que batemos estão sempre fechadas”.
O jovem garantiu que o Movimento Revolucionário da "Primeira Região” não está ligado a nenhum partido político e adiantou que "vai sempre manifestar-se contra qualquer partido político que, no poder, estiver a governar mal”.
Jornalista: Kílssia Ferreira
Sem comentários